
Suíça Natalie Armbruester lidera para a últimacom a vantagem mínima sobre alemã Leonie Harm
Inês Belchior manteve hoje um registo imaculado em torneios de circuitos europeus de profissionais. Em duas provas disputadas este ano, a ainda amadora de 18 anos passou por duas vezes o cut e será a única portuguesa a competir hoje no último dia do Super Bock Ladies Open at Vidago Palace, no concelho de Chaves. O mais importante torneio feminino nacional, com 50 mil euros em prémios monetários, é agora comandado isoladamente pela suíça Natalie Armbruester.
«O meu nível tende a elevar em torneios melhores. Estas jogadoras estão em alto nível, eu joguei com uma jogadora que fez 4 abaixo nos segundos nove buracos, que são os mais complicados. Consigo perceber que não estou assim tão afastada deste nível. Sinto que estes torneios têm-me ajudado a desenvolver-me bastante enquanto jogadora e a tomar melhores decisões», disse Inês Belchior, depois de uma segunda volta de 72 pancadas, a Par do campo, melhorando as 73 (+1) de ontem, para apresentar um agregado de 145 (+1).
A dupla campeã nacional absoluta ocupa o 38.º lugar, entre 125 jogadoras, estando empatada com outras oito jogadoras, pelo que passou à vontade o ‘cut’ reservado às 45 primeiras e empatadas (sem contar com as amadoras). Seguiram para a última volta 52 jogadoras e o resultado limite foi de 2 pancadas acima do Par.
Inês Belchior nunca tinha jogado em circuitos europeus de profissionais antes de 2025, mas, entretanto, esta época, já foi 62.ª classificada (+9) na 28.ª edição da Lalla Meryem Cup, em Rabat, tornando-se apenas na quarta portuguesa a passar o cut em torneios do Ladies European Tour (a primeira divisão profissional europeia).
Agora, na sua primeira experiência no Ladies European Tour Access Series (LETAS), a segunda divisão europeia, voltou a integrar a elite das jogadoras que se apuraram para a última volta, sendo a 3.ª melhor amadora, depois da francesa Sara Brentcheneff (num excelente 5.º posto, com -7) e da inglesa Jessica Hall (em 32.ª a Par do campo).
Entretanto, na luta pelo título mantêm-se as duas jogadoras que na terça-feira partilhavam o comando da prova organizada pela Federação Portuguesa de Golfe, mas uma delas conseguiu isolar-se na frente.
Trata-se da suíça Natalie Armbruester que, graças a 1 birdie no seu último buraco (o 9 do campo, pois saiu hoje do 10), separou-se com um total de 133 pancadas, 11 abaixo do Par, fechando a segunda volta com 4 birdies nos últimos oito buracos.
«O meu jogo de ferros esteve bom. Deu-me muitas oportunidades de birdie e isso foi ótimo», disse a helvética de 25 anos, em declarações à press officer do LETAS, Olivia Bothamley-Dakin.
Natalie Armbruester estará pela segunda vez este ano a lutar por um título, depois de ter sido 3.ª classificada logo na etapa inaugural do LETAS de 2025, em França. «A primeira vez em que integrei um grupo de líderes, estava muito nervosa e isso viu-se nas minhas saídas. Amanhã quero assegurar-me de que estou comprometida e focada nos meus alvos», acrescentou a 5.ª classificada do ranking desta segunda divisão europeia.
Claro que há uma grande diferença entre lutar pelo título do Terre Blanche Ladies Open e agora pelo troféu do Super Bock Ladies Open at Vidago Palace. É que foi exatamente depois do 3.º lugar em França que Natalie decidiu passar a profissional. Este é apenas o seu segundo torneio desde que tornou-se ‘pro’ e hoje já estará em jogo um prémio monetário de 8 mil euros para a campeã.
«Vou encarar as coisas da mesma maneira – assegurou ao Gabinete de Imprensa do torneio português –, pouco importando se era amadora e agora sou profissional. Serei só eu contra o campo de golfe». Mais importante são os 500 pontos para o ranking: «Vencer significaria muito, porque quero ser promovida ao LET no final do ano e esses pontos seriam enormes».
Quem não estará pelos ajustes será a alemã Leonie Harm, que partilhava com Natalie Armbruester a liderança ontem e desceu agora para o 2.º lugar, embora esteja apenas a 1 pancada de distância. A jogadora de 27 anos totaliza 134 pancadas, 10 abaixo do Par, após voltas de 66 e 68. Hoje não sofreu nenhum bogey e nem se lembra «da última vez em que» jogou «duas voltas seguidas na casa das 60’s pancadas».
Atenção ainda à n.º1 do ranking, a vencedora do torneio em França, a dinamarquesa Amalie Leth-Nissen (68+67), que já está empatada no 3.º lugar com a jogadora da Ilha de Man, Ana Dawson (67+68), ambas com 135 (-9).
Os principais resultados do Super Bock Ladies Open at Vidago Palace, que contou com as dez primeiras classificadas do ranking do LETAS, entre um total de 126 jogadoras, após a segunda e penúltima volta, foram os seguintes.
1.ª Natalie Armbruester, 133 (66+67), -11
2.ª Leonie Harm (Ale), 134 (66+68), -10
Portuguesa que passou o cut
38.ª (empatada) Inês Belchior, 145 (73+72), +1 (amadora)
Portuguesas que foram eliminadas pelo cut
73.ª (empatada) Susana Ribeiro, 149 (75+74) +5
82.ª (empatada) Francisca Rocha, 151 (75+76) +7 (amadora)
112.ª (empatada) Amélia Gabin, 157 (75+82), +13 (amadora)
115.ª (empatada) Francisca Ferreira da Costa, 158 (77+81), +14 (amadora)
121.ª (empatada) Francisca Salgado, 161 (79+82) +17 (amadora)
O Super Bock Ladies Open at Vidago Palace conclui-se esta quinta-feira, com a terceira e última volta. As saídas a começam às 8h00 de dois buracos em simultâneo (1 e 10), com os últimos grupos a começarem a jogar às 09h28.
O 1.º Super Bock Ladies Open at Vidago Palace é o terceiro dos 18 torneios que integram o calendário do LETAS em 2025, distribui 50 mil euros em prémios monetários e é apoiado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, pelo IPDJ, Super Bock e Vitalis.