A jogar fora perante um público hostil, a equipa continental está vergar os EUA em Nova Iorque

A Europa venceu as quatro sessões de pares da Ryder Cup e parte hoje para o último dia a comandar com seis pontos de vantagem. Lidera por 11,5-4,5, no cômputo dos 16 encontros realizados no Black Course do Bethpage State Park, em Nova Iorque.

Esta é a maior vantagem que qualquer das duas equipas já teve para domingo desde que a Europa continental aderiu em 1979 (antes, era a Grã-Bretanha-Irlanda), superando a margem de 11-5 que os europeus tiveram em Oakland Hills em 2004. 

Os EUA também lideravam por 11-5 em 2021 após dois dias em Whistling Straits, onde venceram por 19-9, o que representa a maior margem de vitória final. Em 2004 a Europa acabaria por vencer por 18,5 a 9,5. 

Esta superioridade europeia em Nova Iorque, perante um público a passar das marcas em termos de hostilidade, é surpreendente, dado que nas últimas cinco edições deste match bienal, venceu sempre a formação que jogou em casa – e sempre por números esclarecedores, com cinco pontos ou mais de vantagem. 

A última vez que o conjunto forasteiro saiu com o troféu foi em 2012, em Chicago. Agora, 23 anos depois, a Europa deverá garantir hoje, nos 12 jogos de singulares, novo triunfo em terreno alheio. 

O campeão da FedEx Cup, o inglês Tommy Fleetwood, venceu os quatro jogos em que entrou. Juntou-se a Rory McIlroy para duas vitórias nos foursomes, de manhã, e uniu forças com Justin Rose no fourball, de tarde. 

Com isto, tornou-se o primeiro jogador na história da Ryder Cup a ter um registo de quatro triunfos em sessões de pares em duas Ryder Cups diferentes. Também o fez no Le Golf National em 2018, em Paris, então formando sempre dupla com o italiano Francesco Molinari. 

A maior estrela da Europa, o norte-irlandês Rory McIlroy, n.º 2 mundial, venceu três partidas e empatou outra. 

Do lado americano, Scottie Scheffler fez história por motivos errados, tornando-se o primeiro jogador na Ryder Cup, desde 1971, a terminar com quatro derrotas nas sessões de pares. 

Com um total de 28 pontos em jogo, a Europa hoje só precisa de chegar aos 14 para empatar e manter a posse do troféu. São apenas mais 2,5 pontos, de 12 em jogo nos singles. Mas certamente que na mente da formação continental está já um novo recorde para uma equipa vencedora.