
Dois anos depois de Roma, o mais mediático evento do golfe mundial está de volta em Nova Iorque
É já nesta sexta-feira que tem início oficial, decorrendo até domingo, aquela que é a prova-rainha no mundo do golfe e uma das mais mediáticas do desporto mundial.
A Ryder Cup coloca frente a frente, a cada dois anos, as equipas dos Estados Unidos da América e da Europa, com 12 jogadores para cada lado e os respectivos capitães não-jogadores e seus assistentes.
Seguindo a regra de alternância em relação à equipa da casa, a 45.º edição disputa-se em território americano mais concretamente no Black Course do Bethpage State Park, em Farmingdale, Nova Iorque.
A última vitória de uma formação visitante aconteceu em 2012, quando os europeus bateram os seus rivais no Medinah Country Club, em Chicago. Desde então os anfitriões têm vencido sempre de forma retumbante.
Da última vez, em 2023 (a competição voltou a jogar-se em anos ímpares pelo adiamento da edição de 2020, que passou para 2021, devido à pandemia de covid-19), a Europa venceu em Roma por 16,5-11,5.
Como será este ano em Nova Iorque? Quanto mais não seja pela tendência dos últimos anos, o favoritismo pertence aos EUA, que têm em Keegan Bradley o seu capitão não-jogador. Mas estes têm também vantagem no papel, com oito jogadores entre os 11 primeiros do ranking mundial.
A Europa – com seis jogadores do top-15 mundial – joga com o factor-experiência. A única alteração em relação a Roma é a entrada do dinamarquês Rasmus Højgaard pela saída do seu irmão-gémeo Nicolai. E até o respectivo capitão é o mesmo, o inglês Luke Donald.
Do lado americano há quatro estreantes: Russel Henley, J.J. Spaun, Cameron Young e Ben Griffin.
A Ryder Cup compreende um total de 28 partidas, das quais 16 de pares e 12 de singulares. Cada uma vale um ponto pela vitória e meio ponto pelo empate.
A primeira equipa a ultrapassar os 14 pontos conquista o troféu. Em caso de empate, a detentora do mesmo, no caso a Europa, mantém a a sua posse.
Na sexta-feira e no sábado, jogam-se os pares, com duas sessões em cada dia, de manhã quatro de foursomes (pancadas alternadas com a mesma bola), de tarde quatro de fourball (à melhor bola).
Habitualmente, a cerimónia de abertura da Ryder Cup realiza-se na tarde de quinta-feira, sendo seguida do anúncio dos encontros de foursomes para sexta-feira de manhã.
Desta vez realizou-se na quarta-feira, ontem, devido a previsões de más-condições climatéricas para hoje. Mas a pompa, o espetáculo e o ruído estiveram presentes. E um tema permeou todo o evento: a cidade de Nova Iorque.
“Sabemos o que nos espera”, disse Luke Donald no seu discurso. “Bethpage não é propriamente tímida. Esta é a região desportiva de Nova Iorque, apaixonada, leal e ferozmente barulhenta, e com razão. […] Podemos não ser a vossa equipa, mas dar-vos-emos algo para respeitar, algo para admirar e, talvez, até ao final desta semana, algo para apoiar.”
“Sou natural da Nova Inglaterra, mas estudei em St. John’s e foi aí que me apaixonei por Nova Iorque”, disse por sua vez Keegan Bradley. […] A garra, o ritmo da cidade ensinaram-me como competir, como liderar e como é realmente a paixão por uma causa. […] Jogaremos com o coração, jogaremos com honra e jogaremos com todos os sonhos despertados pelo fogo desta competição, porque a Ryder Cup não testa apenas a habilidade; revela a alma.”
Constituição das equipas e posições no ranking mundial
EUA
Apurados directos
Scottie Scheffler
J.J. Spaun
Xander Schauffele
Russell Henley
Harris English
Bryson DeChambeau
Wild cards do capitão
Justin Thomas
Collin Morikawa
Ben Griffin
Cameron Young
Patrick Cantlay
Sam Burns
EUROPA
Apurados directos
Rory McIlroy (Irlanda do Norte)
Robert MacIntyre (Escócia)
Tommy Fleetwood (Inglaterra)
Justin Rose (Inglaterra)
Rasmus Højgaard (Dinamarca)
Tyrrell Hatton (Inglaterra)
Wild cards do capitão
Shane Lowry (Irlanda)
Sepp Straka (Áustria)
Ludvig Åberg (Suécia)
Viktor Hovland (Noruega)
Matt Fitzpatrick (Inglaterra)
Jon Rahm (Espanha)