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Ficavam todos a ganhar
Crónica

É hora de pensar em solução para os jogadores portugueses conciliarem estudos com golfe

Para se ser um jogador de topo é necessário haver um compromisso muito sério. Nada acontece por acaso. É bonito de se ver um jovem talentoso vencer uma prova no seu clube e augurar-lhe um futuro promissor, mas não nos podemos esquecer nas horas de dedicação, muitas vezes sozinho e à chuva, passadas no driving range. E, tal como em qualquer desporto, se não oferecermos boas condições a esses atletas, de nada vale o esforço…  

Por isso, no golfe, não posso deixar de destacar o papel fundamental da Federação (FPG), que nos últimos anos me parece empenhada em oferecer aos seus atletas competição quer a nível nacional, quer internacional. 

Portugal tem condições ímpares, como o seu excelente clima e os inúmeros campos de golfe. É verdade que estes estão mais concentrados na região Sul do país e, talvez por isso, é que vemos que o CG Vilamoura é o actual campeão nacional e europeu de clubes e os seus jogadores estão sempre na discussão pelos grandes títulos individuais. 

Sem desprimor para o trabalho que tem sido feito nos outros clubes, sou obrigado igualmente a realçar o trabalho que tem vindo a ser feito no Oporto GC. E é deste clube do Norte que sai mais um exemplo que exige que se levante novamente a discussão sobre a criação de um campeonato secundário e universitário. Não um campeonato a brincar, mas uma coisa séria, à imagem do que acontece nos Estados Unidos, onde, por exemplo, Pedro Figueiredo ou Ricardo Melo Gouveia tiveram oportunidade de conciliar o golfe de alta competição com os estudos. 

O caso do “abandono” de Pedro Almeida não pode, por isso “cair em saco roto”. Depois de em 2013, com apenas 16 anos, ter revalidado o título de sub-16, ter-se sagrado campeão nacional absoluto e obtido um brilhante 2º lugar no European Young Masters, o Europeu de sub-16, o jogador do Oporto GC foi “forçado” a optar pelos estudos. Chumbou no 10º ano e as viagens para poder participar em provas internacionais obrigaram-no a perder aulas, o que se reflectiu mais uma vez nas suas notas. É aqui que o papel de uma escola ou universidade poderia desempenhar um papel mais importante na formação dos seus estudantes/jogadores, organizando, por exemplo, um calendário de provas que desse para conciliar com os exames. Penso que ficariam ambos a ganhar…

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Fundador e editor do site www.golf4you.pt

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