
Scottie Scheffler recompôs-se para vencer PGA Championship
Travado por uma lesão na mão direita que o impediu de começar a época atempadamente, o n.º 1 mundial Scottie Scheffler precisou de quatro meses para vencer pela primeira vez este ano. Aconteceu na The CJ Cup Byron Nelson, na sua cidade de Dallas, e logo por números astronómicos: oito pancadas de vantagem sobre o vice-campeão, o sul-africano Eryk Van Royen.
Duas semanas depois, este domingo, o texano de 28 anos conquistou o PGA Championship no Quail Hollow Club, em Charlotte, Carolina do Norte. E fê-lo de forma igualmente categórica: mesmo tendo feito um bogey a fechar, ganhou com cinco shots à melhor sobre os segundos – os também norte-americanos Harris English, Davis Riley e Bryson DeChambeau.
Foi a primeira vez desde Tiger Woods em 2000 que um jogador venceu provas consecutivas do PGA TOUR por cinco pancadas ou mais na mesma temporada.
E já lá vai dezena e meia de triunfos para Scheffler, quando ele está apenas na sua sexta temporada no PGA Tour. É o terceiro mais rápido, desde 1950, a passar de uma a 15 vitórias no circuito, apenas atrás de Tiger Woods e Jack Nicklaus, e mesmo assim por uma questão de meses.
Em termos de majors, este foi o seu terceiro título, depois dos averbados no Masters de 2022 e 2024. E surge pouco menos de dois meses depois de o norte-irlandês Rory McIlroy ter conquistado o Grand Slam de carreira por ocasião do Masters, em Abril. McIlroy não foi além do 47.º lugar em Charlotte.
Scheffler é apenas o oitavo jogador a vencer pelo menos três majors nos últimos 30 anos, juntando-se a Vijay Singh, Ernie Els, Phil Mickelson, Tiger Woods, Jordan Spieth, Brooks Koepka e Rory McIlroy.
Mas nem tudo foi fácil na sua caminhada rumo ao êxito no PGA Championship. Partindo para a última volta a liderar com um total de -11 e com três de vantagem sobre o vice-líder, o sueco Alex Noren, ele não esteve bem nos primeiros 9 buracos, findos os quais já se tinha deixado apanhar pelo espanhol Jon Rahm.
No entanto, protagonizou uns segundos 9 buracos de grande nível, com 34 pancadas (-2), para uma volta final de 71 (Par) e um total agregado de 273 (-11). Isto, ao passo que Rahm colapsou nos últimos três buracos com um bogey e dois duplos bogeys.
“Vez após vez, quando os outros se aproximam dentro da classificação, ele parece conseguir pisar no acelerador”, disse Ted Scott, caddy de Scheffler. “Ele simplesmente tem esta capacidade de dizer: ‘Oh, não, não vais atrás de mim, pá.’”.
Harris English, com 65 (-6), fez o melhor score na jornada de encerramento para subir a segundo empatado com DeChambeau e Riley, num trio que somou 278 (-6).
“Senti que este foi o torneio mais difícil em que já lutei em toda a minha carreira. Foi uma semana bastante desafiante”, disse Scheffler na noite de domingo, com o Troféu Wanamaker na mesa ao lado. "Brinquei um pouco mais do que gostaria... mas esforcei-me quando foi necessário, e foi uma semana muito especial.”