
Ricardo Santos, Pedro Figueiredo e Filipe Lima regressam à competição em Mascate
Ricardo Santos, Pedro Figueiredo e Filipe Lima regressam à competição na próxima quinta-feira no Open de Omã, do European Tour, de 1,75 milhões de euros em prémios monetários.
Todos viram-se forçados a uma paragem prolongada por o calendário internacional ter-se virado para torneios de um nível demasiado elevado, ao qual os portugueses não têm acesso, como o Abu Dhabi HSBC Championship da Série Rolex, Omega Dubai Desert Classic, e o Mexico Championship dos World Golf Championships. Mesmo no Saudi International só Ricardo Santos entrou.
Neste intervalo entre 16 de janeiro e 27 de fevereiro, só o ISPS Handa Vic Open na Austrália, de 6 a 9 de fevereiro, estaria ao alcance de jogadores portugueses mas é uma viagem demasiado longa e cara para um torneio isolado.
Por isso, estes três dos melhores golfistas nacionais optaram por aproveitar esse tempo para efetuarem a sua pré-temporada, algo que não foi-lhes possível em novembro e dezembro, devido ao European Tour de 2020 ter arrancado a 28 de novembro, ou seja, logo depois da conclusão da Grande Final do Challenge Tour (onde estiveram Santos e Lima) e da Final da Escola de Qualificação (com Figueiredo e Lima).
Pedro Figueiredo escreveu nas redes sociais estar “orgulhoso do trabalho efetuado nesta pré-temporada com o preparador físico Pedro Correia. Puxei o corpo aos limites e estou pronto para partir de novo, agora que vou ter uma série de torneios de golfe nas próximas semanas”.
Ricardo Santos foi o único dos três a optar por fazer um teste à sua forma competitiva antes de ir jogar «quatro semanas competitivas no European Tour».
O português melhor classificado no ranking mundial inscreveu-se no 2.º Palmares Classic, um torneio de 10 mil euros em prémios monetários, integrado no Portugal Pro Golf Tour (PPGT).
O 9.º lugar que partilhou com João Carlota (entre outros), com 143 pancadas, 1 abaixo do Par do Palmares Ocean Living & Golf, em Lagos, não o deixou totalmente satisfeito, mas foi uma preparação adequada para perceber em que ponto está antes de viajar ao médio oriente.
“Esta participação neste torneio do PPGT foi um caso isolado. Foi mais para ver como estava o meu jogo e como me sentia em campo com uma alteração técnica que fiz na pancada de drive. Tive momentos em que senti-me bem e outros em que nem por isso”, disse o n.º1 português à Tee Times Golf, em exclusivo para Record.
Santos assinou voltas de 71 e 72, enquanto Carlota apresentou cartões de 70 e 73, num campo em que ambos, normalmente, andam na casa das 60’s pancadas. Aliás, o campeão, o inglês Bradley Moore, ganhou os dois mil euros de prémio principal graças a voltas de 65 e 68 para um agregado de 11 abaixo do Par.
Para além de Ricardo Santos e João Carlota só houve mais um português a jogar, o talentoso Daniel Silva, que no ano passado andou a acompanhar Ricardo Melo Gouveia no European Tour como caddie. Daniel Silva foi 27.º (empatado), entre 49 participantes, com 149 (75+74), +5.
Não houve mais portugueses em prova porque, entretanto, iniciaram-se o Alps Tour Golf e o Pro Golf Tour, dois circuitos do escalão terciário do golfe europeu, onde competem sete golfistas nacionais.
Ricardo Santos explicou-nos como aproveitou este último mês e meio com o seu treinador Almerindo Sequeira e julga estar preparado para esta série de eventos que, depois de Omã, irá passar pelo Qatar, Quénia e Índia: “Mudei a vareta do drive e estou a trabalhar na forma como a cabeça do taco chega a bola, de modo a ir mais alta. Basicamente procuro melhorar o voo de bola e com isso ganhar mais distância e consistência com esse taco. Também tenho feito ginásio e treino técnico e joguei algumas vezes no campo.”
Os três portugueses a competir no European Tour de 2020 não tiveram um grande início de época e apostam neste próximo mês para deixar a sua marca.
Pedro Figueiredo é o 169.º no ranking do European Tour, com dois cuts passados em três torneios, finalizando em 42.º (+6) no Alfred Dunhill Championship na África do Sul e 54.º (+4) no Australian PGA Championship.
Ricardo Santos é o 221.º na mesma Corrida para o Dubai, com apenas um cut passado em quatro torneios, tendo terminado em 65.º (-2) no Open das Maurícias.
Filipe Lima falhou o cut nos dois torneios que disputou na África do Sul e ainda nem aparece classificado na hierarquia da primeira divisão europeia, ele que este ano deverá partilhar os poucos torneios do European Tour em que entrar com um calendário competitivo mais carregado no Challenge Tour, a segunda divisão europeia.