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Tiago Costa meteu o turbo para bisar no Nacional Mid-Amateur
07/07/2021 12:35 Rodrigo Cordoeiro
Tiago Costa: "Foi uma das minhas melhores voltas de sempre" © Octávio Passos/FPG

Vindo de trás no segundo dia em Praia D’el Rey deixou concorrência a 8 shots de distância

Para Tiago Costa, o Campeonato Nacional de Mid-Amateur, que se jogou no último fim-de-semana no campo de Praia D’El Rey, em Óbidos, não começou da melhor forma, mas terminou em glória, com aquela que ele próprio designa como uma das suas melhores voltas de sempre e o segundo título no torneio, com 8 pancadas de vantagem sobre a concorrência. 

“Entrei mal no primeiro dia”, conta o jogador da Aroeira, de 34 anos, que já tinha sido campeão do mesmo escalão em 2019, no Bom Sucesso, também em Óbidos (a diferença é que então era para jogadores acima dos 30 anos, actualmente é para os 25 anos). “Estava nevoeiro e eu não conseguia saber bem as distâncias. Sem termos a certeza, damos os shots mais a medo – e eu fui um bocado penalizado nessa parte. Tive ali uns momentos em que fui a sangrar bastante, o jogo não saía e estava sempre a cometer um erro e esse erro custava-me sempre uma pancada em cada buraco.” 

Referia-se aos 5 bogeys em 6 buracos, entre o 3 e o 7. Depois o dia abriu e ele entrou nos eixos, chegando a estar -2 no back nine, antes de fazer 2 bogeys, nos 16 e 17. “Não estava muito bem nos greens, foi isso”, explicou. 

Com um primeiro score de 78, 5 acima do Par 73 do campo, nada estava perdido. Estava no grupo dos 5.ºs classificados, juntamente com o seu companheiro de clube Bruno Vantieghem, Manuel Calçada (Paço do Lumiar), João Fortes (Oitavos), Pedro Sá Lima (Vidago Palace) e José Cândido de Oliveira (Benfica). 

Na liderança, com 75 (+2), Salvador Costa Macedo (Palmares), campeão em 2013 e 2015, seguido de Miguel Lourenço (Beloura-ACGB) e José Gaspar (Orizonte), que partilhavam o segundo lugar com 76 (+4). Gonçalo Mota Carmo (Vale de Janelas), com 77 (+4), estava sozinho em 4.º. 

Para a segunda e última volta, Tiago Costa tratou de acreditar nele próprio: “Não podia desistir, pensei que seria possível vencer fazendo um bom jogo. Mas tinha entrar ao ataque e de entrar bem, para colocar alguma pressão, porque o Salvador é um jogador muito certinho.” 

O resultado foi uma brilhante volta de 70 (-3), de longe a melhor do torneio, e tanto mais notável quanto o dia não estava fácil, havia um pouco mais de vento do que na véspera. “Consegui dar bons shots e isso fez a diferença. Dei shots arriscados – uns resulltaram, outros não, mas não perdi pancadas, a não ser no 11, onde falhei o green e depois fiz um mau chip. Mas logo de seguida, do 12 ao 14,  fiz 3 birdies seguidos [já tinha feito um no front nine].” 

Com um total de 148 (+2), acabou por vencer com uma vantagem de 8 pancadas sobre o vice-campeão Paulo Santos (156, 82-74), açoriano da Verdegolf, que levou a melhor no desempate pela melhor última volta sobre José Cândido de Oliveira (78-78), Bruno Vantieghem (78-78) e José Gaspar (76-80).

Salvador Costa Macedo, ao finalizar com 82 (+9), caiu para 6.º. E o seu irmão mais novo Luís Costa Macedo, que defendia o título, ficou nos 25.ºs, com 170 (87-83). A prova contou com 60 participantes. 

Em 2019, Tiago Costa tinha finalizado com birdie-birdie para somar 147 pancadas (73-74), 3 acima do Par, e ganhar na sua terceira participação com quatro de vantagem sobre Diogo Cassiano Neves (77-74), do ACP Golfe. Agora, gostaria que o seu título valesse a participação no European Mid-Amateur Championship, da EGA (European Golf Associaton), com o apoio da FPG, como sucedeu com os campeões nacionais seniores. Mas terá de ser em 2022, já que a prova já se jogou este ano.

Na prova feminina, com 9 participantes, saiu vencedora Maria José Pinto, do CG Vilamoura, depois de resistir à investida da sua rival do CG Estoril, Marta Lampreia.

Maria José Pinto em acção rumo à vitória

O segundo e decisivo dia teve emoção até ao último buraco, com Marta, vice-vampeã em título, a procurar recuperar as 6 pancadas de diferença que tinha para a líder do primeiro dia. 

A vitória de Maria José – que sucede na lista das campeãs à ausente Lara Vieira – acabou por decidir-se por apenas uma pancada, para um agregado final de 172 (+26) pancadas. 

O pódio ficou fechado com o terceiro lugar de Mariana Pereira, da Beloura, que já ontem o ocupava provisoriamente empatada com mais 2 jogadoras, após fazer a melhor volta do dia (84 pancadas), a par de Ana Basílio dos Santos, do ACP Golfe.