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FPG com novo site pensa digital para captar jogadores
25/10/2017 13:43 Rodrigo Cordoeiro
tags: FPG
Miguel Franco de Sousa e Nuno Cardoso fotografados na sede da FPG em Miraflores © RODRIGO CORDOEIRO

Miguel Franco de Sousa e Nuno Cardoso, da agência NOSSA, falam dos novos desafios

O novo site da Federação Portuguesa de Golfe quer tornar-se numa porta de entrada para novos jogadores. Logo que lá entramos, surge o convite: “Experimenta um desporto fascinante”. Ou: “Vem aprender a jogar”. Mais: “Hoje mesmo. Sem equipamento. Sem experiência. Sem custos.” E somos informados de que tudo o que é preciso é deixar o nome e o endereço de e-mail, que a FPG trata de preparar as bolas para quem quiser dar as primeiras tacadas. 

A NOSSA foi a agência escolhida para conceber a nova plataforma, pelas suas competências digitais (na semana passada voltou a ser eleita a melhor Agência Criativa Digital pelos prémios SAPO), mas também por ser uma das que melhor conhece o golfe, na pessoa do seu Partner e Director Criativo, Nuno Cardoso, um aficionado da modalidade. O GolfTattoo juntou-o ao presidente da FPG, Miguel Franco de Sousa, para uma conversa sobre o resultado final e os desafios do digital em geral.

“O chamamento é permanente”, sublinha Miguel Franco de Sousa. “Queríamos estar mais próximo dos jogadores e, ao mesmo tempo, criar um canal de acesso ao golfe para os não jogadores. Isto estava no briefing, mas foi muito aprofundado pelo NOSSA, nomeadamente pelo Nuno. Por outro lado, temos agora um site muito mais funcional, mais visual, mais limpo.” 

Nuno Cardoso lembra que a FPG aposta muito no crescimento do número jogadores, pelo que “era importante comunicarmos e falarmos com quem não joga, com quem não tem a mínima noção do que deve fazer para experimentar – sermos como que uma porta de entrada para curiosos." E remata: “Esta é a lógica da FPG – fazer sentir que há aqui uma novidade e estar de braços mais abertos para quem quer jogar.” 

“Quisemos também que o site passasse emoção”, continua Nuno Cardoso. “Discutimos bastante com a FPG a parte dos conteúdos, e temos agora critérios mais exigentes em todos os capítulos. Para que o golfe deixe de ser visto como tem sido visto sempre, como um desporto elitista e para pessoas de idade. Não é apenas um site informativo, é um site onde se quiseres encontras dicas, curiosidades, shots que se calhar não tinhas visto ainda. É um site que entretém as pessoas, se for esse o objectivo."

Miguel Franco de Sousa fala de como uma das novas rubricas do site, o “Destaque do Mês”, dá visibilidade aos campos de golfe nacionais. “Obviamente os clubes têm um papel importante, mas o golfe joga-se em campos e nós criamos aqui um conjunto de informações que permitem às pessoas ter conhecimento dos mesmos. Este mês, por exemplo, temos o Jamor, o campo público gerido pela FPG. De resto, temos tido muito bom feed back dos patrocinadores.” 

Aqui intervêm Nuno Cardoso: “Essa é outra área importante. O golfe também tem dar retorno a quem o apoia e isso foi uma preocupação da NOSSA, no sentido de criar áreas que dessem relevância e destaque a essas marcas.”

Não é só o site, salvaguarda o presidente da FPG. “Estamos a rever toda a nossa estratégia digital. Estamos a fazê-lo no Facebook e vamos começar a trabalhar no Instagram. Teremos de rever também aquilo que estamos a fazer a nível do You Tube. Tudo isto complementando aquilo que já existe e que temos obrigação de fazer – a comunicação da nossa actividade regular em termos de competições, para o que temos uma parceria com o GolfTattoo.” 

E dá um exemplo: “Recentemente publicámos no Facebook um vídeo em que um jogador faz um putt por cima do bunker metendo a bola no buraco, com um apontamento a dizer ‘traga um amigo que faria este shot’. Foi o filme que teve mais visualizações, partilhas, comentários e tags desde que a FPG tem Facebook. É o tipo de coisas que depois ajuda a extrapolar o golfe para fora da sua comunidade e para fora das suas portas.” 

FPG e NOSSA, como parceiro criativo digital, estão juntas neste processo. “Vamos tentar, com nosso know how, e aproveitando o hype e o boom das redes sociais, dar aqui um impulso para aumentar a comunidade golfística, fazer com que as pessoas se sintam impelidas ou com curiosidade de experimentar”, insiste Nuno Cardoso. "O golfe precisa de mais humor e alegria."

Para Miguel Franco de Sousa, não basta ser diferente na componente digital, é preciso também que o golfe se adapte a uma nova realidade. “As necessidades, as expectativas e a disponibilidade das pessoas são hoje completamente diferentes daquilo que eram há quinze anos ou há dez ou até há cinco. Temos de nos adaptar, criar formatos alternativos, caso contrário, vamos começar a perder jogadores para outras modalidades que estão a crescer. Creio que hoje em dia toda a indústria está mais aberta a esta nova realidade.” 

Nuno Cardoso refere também que o golfe é um desporto com alguma complexidade técnica. “Há desportos que são mais acessíveis, o golfe não é um desporto fácil de se começar a jogar, demora algum tempo a ter o prazer de ver a bola voar, e portanto é exigente do ponto de vista do tempo, mas para quem experimenta e depois consegue passar a fase da arrebentação, digamos assim, torna-se um desporto viciante no bom sentido da palavra.” 

Miguel Franco de Sousa diz que outras ideias e projectos poderão surgir em termos digitais, desde que contribua para a notoriedade da modalidade. “É muito importante referir que tudo aquilo que a FPG quer fazer ou vai fazer é no sentido da visibilidade e do crescimento da modalidade, porque quando se investe de forma estruturada, organizada e sustentada os resultados no médio e longo prazo vão ser conseguidos. Enfim estes são os primeiros passos que estamos a dar.”