
O segundo torneio do Grand Slam de 2025 decorre entre quinta-feira e domingo em Charlotte, Carolina do Norte
O norte-americano Xander Schauffele foi um dos dois melhores jogadores de golfe em 2024, a par do seu compatriota Scottie Scheffler. Não venceu tantas vezes como este, mas registou quase tantas classificações no top-10 como ele (15 contra 16) e as suas duas vitórias foram em majors – no PGA Championship (no Valhalla Golf Club, em Louisville, Kentucky) e no British Open (Royal Troon Golf Club, Escócia),
A partir de amanhã, quinta-feira, Schauffele defende o título no PGA Championship, desta vez no Quail Hollow Club, em Charlotte, Carolina do Norte. No entanto, a sua época de 2025 tem estado muito aquém da última: ele esteve parado oito semanas por lesão nas costelas antes de regressar no início de Março para o Arnold Palmer Invitational (40.º), em Orlando, Flórida.
Desde então jogou mais cinco torneios, tendo como melhor marca o oitavo lugar no Masters Tournament, o primeiro major do ano, no Augusta National Golf Club, na Geórgia. Não se pode dizer que venha jogando mal, já que nas últimas quatro provas nunca terminou fora do top-20, mas para revalidar o título precisa de despertar para o nível que o evidenciou em 2024.
“O jogo está a progredir, lenta mas seguramente”, disse Schauffele sucintamente.
É sobre Scottie Scheffler, Rory McIlroy e Justin Thomas – números 1, 2 e 5 no ranking mundial, respectivamente – que recaem as principais atenções no arranque do segundo torneio do Grand Slam da época.
Scottie Scheffler também tem estado longe do seu melhor em 2025, quando venceu sete vezes e conquistou a FedEx Cup. Também ele foi apoquentado por uma lesão, que no seu caso só lhe permitiu começar a temporada no final de Janeiro: no Natal, um copo de vinho partiu-se-lhe na mão direita e ele teve de ser alvo de uma cirurgia para que lhe fossem retirados dela os fragmentos de vidro.
Mas Scheffler tem estado melhor que Schauffele depois do seu regresso aos relvados: seis top-10 em nove torneios, incluindo a primeira vitória do ano, há duas semanas, a jogar em casa, em Dallas, por ocasião da The CJ Cup Byron Nelson, numa prova em que esteve demolidor: no campo TPC Craig Ranch, liderou do princípio ao fim, ganhou com oito pancadas de vantagem sobre a concorrência e igualou o recorde do resultado no PGA Tour aos 72 buracos, com 253 pancadas.
“Estou aqui vindo de um torneio que ganhei, e isso é sempre uma boa sensação”, disse Scheffler. “Podemos definitivamente aproveitar um pouco desse embalo. Quando olho para a minha carreira, seria tolice dizer que isso não tem acontecido comigo.”
A cotar-se como o melhor jogador ano, já com três vitórias (AT&T Pebble Beach Pro-Am, The Players Championship e Masters, neste caso para conquistar o Grand Slam de carreira), Rory McIlroy joga no campo onde venceu mais vezes para o PGA Tour. O Quail Hollow Club é o palco habitual do Wells Fargo Championship, que ele venceu em 2010, 2015, 2021 e 2024.
Justin Thomas também já venceu em Quail Hollow. Foi quando ali se realizou pela primeira vez, em 2017, o PGA Championship. Thomas voltou a venceu este major em 2022, no Southern Hills Country Club, em Tulsa, Oklahoma. Depois esteve quase três anos sem vencer até voltar aos triunfos a 20 de Abril, no RBC Heritage, na Carolina do Sul.
E no passado domingo, Thomas partilhou o segundo lugar com o irlandês Shane Lowry no Truist Championship (Philadelphia Cricket Club), em prova ganha pelo austríaco Sepp Straka.
“Diria que estou mais paciente”, disse Thomas sobre a sua recente melhoria no jogo. “Não sinto que esteja a forçar tanto as coisas. Estou apenas a tentar confiar um pouco mais no meu jogo e em mim mesmo. Sinto que em alguns torneios, talvez no início deste ano ou no ano passado, em que tive hipóteses de vencer, talvez me tenha pressionado demasiado.”
Sepp Straka é um dos dos 10 jogadores do top-10 mundial presentes no PGA Championship que decorre entre quinta e domingo, num field de 156 participantes.
Outro jogador com holofotes sobre ele é Jordan Spieth, o texano que desde 2018 procura fazer o que McIlroy fez em Abril ao ganhar o Masters: completar o Grand Slam de carreira, ou seja, vencer os quatro majors do golfe.
Scheffler, McIlroy e Schauffele – que constituem o top-3 mundial – jogam na mesma formação nas duas primeiras voltas.