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Filipe Lima quase fez albatroz a fechar Hamburgo
31/07/2017 07:40 HUGO RIBEIRO/FPG
Filipe Lima teve um final de prova electrizante © GETTY IMAGES

Foi 37.º no Porsche European Open; Ricardo Santos desce no Challenge Tour

Filipe Lima é um jogador entusiasmante. Quem não se lembra do chip-in a descer para terminar em 3.º o Estoril Open de Portugal CGD de 2005 no Oitavos Dunes? O saudoso Seve Ballesteros, cuja empresa Amen Corner organizava então o evento, disse que o português poderia ser um grande jogador de match play e que, quem sabe, um dia o chamaria para o Seve Trophy. 

O campeão nacional é capaz do melhor e do pior e o seu jogo de montanha russa é sempre imprevisível. Tudo isso foi Domingo manifestado na última volta do Porsche European Open, o torneio alemão de 2 milhões de euros em prémios monetários que foi ganho pelo inglês Jordan Smith. 

Filipe Lima terminou no grupo dos 37.º classificados com 285 pancadas, 3 abaixo do Par do Green Eagle Golf Course, em Hamburgo, apresentando voltas de 68, 71, 73 e 73, para um prémio de 12.800 euros que o fez entrar no top-200 da Corrida para o Dubai, para o 192º lugar. 

O português residente em França começou bem, com 2 birdies nos três primeiros buracos, mas depois fez 9 pancadas (!) no buraco 6 de Par-4 e parecia ter deitado tudo a perder. 

O seu caddie, o inglês Stuart McDermid, explicou ao Gabinete de Imprensa da FPG: “No 9 ele foi duas vezes à água e depois fez 3 putts”. 

Qualquer um perderia a cabeça. Uma cena digna do filme “Tin Cup” protagonizado por Kevin Costner. Ainda por cima, no back nine, começou logo com 1 bogey no buraco 10. 

Mas Filipe Lima é mesmo imprevisível e 1 birdie no 15 animou-o para no 18 dar espetáculo. Nos dias anteriores tinha feito birdie, estava confiante e fechou com 1 eagle naquele Par-5, onde até – parece incrível – poderia ter feito melhor. 

Veja-se a narração de Stuart McDermid: “Que final, ele estava no rough e quase meteu o chip no buraco para um albatroz.” 

Filipe Lima vinha de uma série de quatro cuts seguidos falhados no European Tour, mas a vitória na semana passada no Solverde Campeonato Nacional PGA deu-lhe motivação para regressar mais forte ao circuito europeu nesta segunda metade da época. 

Ricardo Melo Gouveia também jogou na Alemanha mas teve a pouca sorte de falhar o cut por 1 pancada, fechando a sua prestação com 144 (73+71), Par, no 75º posto empatado, sendo agora o 129.º na Corrida para o Dubai. 

O Porsche European Tour teve um final emocionante com um play-off entre o inglês Jordan Smith e o francês Alexander Lévy que defendia o título, depois de terem empatado com 275 pancadas, 3 abaixo do Par. 

Smith, que fez voltas de 70, 67, 67 e 71, é um antigo vencedor de torneios do Algarve Pro Golf Tour e no ano passado foi o n.º 1 do Challenge Tour. Lévy, que entregou cartões de 67, 70, 69 e 69, é um ex-campeão do Portugal Masters. 

Foi o sorridente britânico a triunfar na morte súbita mas só no segundo buraco de play-off, sempre no 18, graças a 1 birdie, depois de ambos terem feito o Par na primeira tentativa. 

Foi o primeiro título de Jordan Smith no European Tour, valendo-lhe 333.330 euros e a subida ao 18º lugar da Corrida para o Dubai.  

Swedish Challenge hosted by Robert Karlsson 

Ricardo Santos termina em 39.º e é 23.º no rankingo do Challenge Tour 

Um mau final de prova de Ricardo Santos impediu-o de continuar a boa recuperação que estava a registar na última volta do Swedish Challenge hosted by Robert Karlsson que hoje (Domingo) terminou, tendo distribuído 200 mil euros em prémios monetários. 

O n.º 3 português no ranking mundial (625.º) terminou o torneio sueco no grupo dos 39.º classificados, com 284 pancadas, 4 abaixo do Par do Katrineholms Golfklubb, após voltas de 68, 74, 69 e 73. 

Entregou dois cartões abaixo do Par e dois acima, mas foi o final com bogey, duplo-bogey e bogey nos últimos três buracos que o penalizaram. Até aí estava com 3 abaixo do Par na última volta. 

“Ia a jogar muito bem até ao buraco 16. Infelizmente tive um mau final. São coisas que acontecem neste desporto. Agora irei descansar e preparar o próximo torneio que será na Irlanda do Norte daqui a duas semanas”, lamentou-se nas redes sociais o ex-campeão nacional. 

O profissional da PressPeople ganhou um prémio de 1.200 euros que não foi suficiente para manter o 21.º lugar na Corrida para Omã, descendo para 23.º. 

Ricardo Santos necessita de terminar a época no top-15 para ascender ao European Tour de 2018, mas a primeira fronteira mais importante de franquear é o top-45 que dá acesso à NBO Golf Classic Grand Final, em novembro, em Omã, onde, na realidade tudo se decide. 

A segunda edição do Swedish Challenge hosted by Robert Karlsson foi ganha pelo argentino Estanislao Goyá, que teve uma volta final de 65 pancadas, a juntar às três anteriores consecutivas de 69, para triunfar com 272 (-16). 

“Tano” Goyá tinha partido com 3 de atraso em relação aos líderes, mas fez a melhor volta do último dia, embolsou 32 mil euros e admitiu ter seguido o conselho da sua mulher de não desistir da carreira aos 29 anos, frustrado por nunca mais ter ganho nada desde que se impôs em 2009 no Madeira Islands Open BPI, no Porto Santo Golf.