Ricardo Melo Gouveia joga na prova mais rica do Challenge Tour, o Open do Cazaquistão

Uma semana depois de ter falhado o seu primeiro cut no Challenge Tour desde Agosto de 2014, Ricardo Melo Gouveia apresenta-se confiante para o torneio monetariamente mais rico do circuito (450 mil euros de prize-money), o Open da Cazaquistão, a realizar no Nurtau Golf Club, em Almaty, entre quinta-feira e domingo. Líder do ranking do Challenge Tour e já com o cartão garantido para o European Tour 2016 (isto graças a uma vitória, três segundos lugares e um terceiro), o melhor golfista português da actualidade, actual 124.º no ranking mundial, quer a vitória ou pelo menos um top 5 naquele país da Ásia Central. O diagnóstico do que correu mal na última semana, no Cordon Golf Open, em França, está feito: houve relaxamento a mais. É o que diz nesta entrevista dada ao site do European Tour, aqui transcrita em discurso directo.

“Sinto que posso fazer uma boa volta sempre que subo para o tee. Um bom resultado é uma vitória, claro. Se não, um top 5 seria bom, mas o objectivo é, definitivamente, ganhar.” 

“Não visei nenhum torneio em especial, tenho-me limitado a fazer o mesmo todas as semanas, mas estes grandes eventos são muito importantes para se jogar bem. Mas não coloco nenhuma pressão sobre mim próprio nesta semana, penso apenas nos mesmos objectivos em que me tenho focado ao longo do ano e espero conseguir mais um bom resultado esta semana. 

“Muita da minha confiança advém do final da época passada. Acabei muito bem, de forma quase perfeita, e transportei o bom momento para o início desta época. A minha forma foi boa desde o arranque e todas as semanas fui ficando mais confiante. 

“Cometi o erro na última semana de relaxar em demasia, e foi por isso que falhei o cut. Estava demasiado relaxado e essa foi uma boa lição de aprender. 

“Foi o primeiro cut que falhei desde Agosto do ano passado, mas veio numa boa altura, porque não quero ficar preso a resultados passados, quero andar para a frente e melhorar. 

“Senti que estive um pouco demasiado relaxado no último torneio, pelo que foi como que uma chamada de despertador, e agora estou totalmente focado nesta semana. Sinto-me revigorado, por isso pode ter sido um mal que veio por bem. O meu jogo está bom e preciso apenas de confiar nele e continuar a fazer o que tenho feito até aqui. 

“Dei uma volta pelo campo esta manhã. Fiquei com uma boa noção de como se deve jogar. É realmente um bom campo de golfe, com árvores nas laterais e muitos dog legs. É preciso garantir que a bola fica em jogo, já que o rough está bastante alto. Se falharmos o green, ficamos com uns up & downs complicados. 

“Este é um set up diferente daquele que costumamos encontrar no Challenge Tour. O rough é muito alto e os greens parecem mais firmes e rápidos, mas é um óptimo treino para o meu próximo ano no European Tour, em que encontrarei este tipo de campo todas as semanas. 

“Acho que [o campo] se adequa ao meu jogo, tendo em conta que é preciso ser certeiro do tee e conseguir controlar a bola, mantê-la em jogo o máximo possível e jogar de forma inteligente. 

“É muito entusiasmante estar a entrar no final da época. O meu objectivo é manter a posição de número um no ranking e se eu jogar bem esta semana acho que vai ser difícil perder o lugar.”