
Viaja para Florida onde compete de 27 a 30 de Dezembro no Junior Orange Bowl Golf Championship
Vitor Lopes será o último jogador português de alta competição, amador ou profissional, a encerrar a época de 2014 e até vai passar o Natal nas nuvens para poder competir num dos mais prestigiados torneios do Mundo no escalão de sub-18. Trata-se do Junior Orange Bowl Golf Championship, torneio que foi conquistado por Tiger Woods em 1991 e que no seu Hall of Fame de participantes conta com nomes de peso como Annika Sorenstam, Cristie Kerr, José Maria Olazábal e Nick Price, entre muitos outros. A 51ª edição da prova disputa-se de 27 a 30 de dezembro, como de costume, no The Biltmore Golf Course, em Coral Gables, no Estado norte-americano da Florida, um percurso de par-71, de 6165 metros. O Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe conversou com o jogador de 1,94 metros de altura, que, este ano, deu um salto qualitativo em termos internacionais, ao ponto de passar a acreditar que pode ganhar qualquer torneio em que participa.
FPG: Quando viajas para os Estados Unidos e que percurso farás?
Vítor Lopes: Vou dia 25 para os Estados Unidos, às 6 da manhã, vou (do Algarve) para Lisboa dia 24. Faço o trajeto de Lisboa-Paris-Atlanta-Orlando e depois mais três horas de carro para Miami. Vai ser uma viagem bastante cansativa, principalmente por ser dia 25, dia de Natal.
Um Natal bem diferente. Sozinho?
Passo o Natal em viagem, com o meu irmão, Christophe, que será o meu caddie se for possível ter caddies e estará lá para ajudar-me. O Christophe já jogou golfe, mas agora, com o trabalho, não tem tempo.
Será a tua primeira ida ao Orange Bowl?
É a minha primeira e última ida ao Orange Bowl, porque para o ano já faço 19 anos. Espero que seja um torneio para recordar. Gostaria de ter jogado antes, mas não sabia deste torneio, só este ano ouvi falar dele e parece-me bastante interessante, tendo jogado lá jogadores como o Tiger Woods e muitos outros que estão no Tour.
Na Taça Manuel Agrellos e na Final do Circuito Drive jogaste com o ombro direito lesionado. Em que medida afeta o teu jogo e como te encontras neste momento?
A lesão no ombro direito já está melhor. Estive a trabalhar no estágio com o José Pedro Almeida (preparador físico da FPG), joguei bem no estágio, muito bem na Taça Manuel Agrellos, acho que agora o essencial é o repouso. Venho de nove dias de golfe e ginásio sem parar, o corpo sente-se bastante cansado e vou tentar recuperar, sem parar de treinar, sobretudo os aspetos que necessito mais, como o putting e o chipping, mas, de resto, o jogo comprido está muito bem e espero chegar lá em forma. Quando está muito frio como hoje, ainda sinto o ombro e tenho tendência a fazer um swing mais curto para não prejudicar, o swing torna-se menos natural e sinto que estou a forçá-lo. Mas acho que lá, na Florida, estará um tempo melhor.
Encaras este torneio como o último da tua época de 2014 ou como o primeiro da de 2015, depois do estágio de pré-temporada das seleções nacionais?
Com este torneio fecho a minha época que tem sido excelente e espero acabá-la em grande. Estive bem a nível internacional, a nível nacional também acabei em 3º no Ranking Nacional BPI, queria estar em 1º, mas sempre ganhei um major nacional (Taça FPG/BPI).
FPG: No final do verão disseste-me que sentias que eras capaz de ombrear com os melhores amadores do Mundo, sobretudo no teu escalão de sub-18. Foi uma clara mudança mental que se percebeu em ti. Isso poderá ajudar-te neste último torneio juvenil da tua carreira.
Exactamente, ganhei internacionais de sub-18 e outro em homens, o que deu-me uma visibilidade maior. Vi que sou igual aos melhores e até posso ter uma semana melhor do que eles.