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O regresso de Tiger, o líder Kisner e o “peido cerebral” de Spieth
19/07/2018 21:16 RODRIGO CORDOEIRO
Tiger Woods nada comprometeu no regresso a uma prova que venceu três vezes © GETTY IMAGES

147.º Open Britânico, terceiro ‘major’ do ano, começou hoje no Carnoustie Golf Links, Escócia

Pelos seus recorrentes problemas nas costas, em 2016 e 2017 TIger Woods não jogou qualquer um dos quatro torneios do Grand Slam. Este ano já participou em dois (Masters Tournament, em que foi 32.º empatado; e Open dos EUA, eliminado pelo cut) e hoje começou o terceiro, o 147.º The Open Championship, a decorrer no Carnoustie Golf Links, Escócia, e também conhecido por British Open, que ele já ganhou três vezes – em 2000 e 2005, em ambos os casos no Old Course de St. Andrews, e em 2006, no Royal Liverpool. Woods soma 14 majors no seu palmarés, o segundo melhor registo da história neste capítulo, apenas superado pelo compatriota Jack Nicklaus (18), já há muito reformado. 

Partindo sob os bons auspícios do seu melhor registo do ano, obtido a 1 de Julho com o 4.º lugar no Quicken Loans National, em Maryland, o antigo dominador da modalidade, hoje já 71.º mundial depois uma descida aos fundos do ranking, começou muito forte com dois birdies nos primeiros quatro buracos de jogo -- e assim seguia, com duas abaixo do Par, após 12 buracos, mas os restantes seis foram jogados em +2, com bogeys no 13 e no 15. Com 71 (Par) a abrir, coloca-se nos 33.ºs entre 156 jogadores e mantém tudo em aberto para as restantes três voltas.

Num campo de superfícies extremamente firmes e rápidas, mas sem a inclemência do vento, o líder, com 66 (-5), é Kevin Kisner, um norte-americano da Carolina do Sul, de 34 anos e 33.º no ranking mundial. Precisou apenas de 22 putts ao longo dos 18 buracos, embora tenha batido outras pancadas com o putter em algumas ocasiões em que falhou o green-in-regulation (falhou metade dos greens). No seu cartão de jogo ficaram registado quatro birdies, um eagle e um bogey. Esta é sua quarta participação no The Open, sendo que nas três primeiras o melhor que conseguiu foi o 54.º lugar empatado em 2017. 

“Se eu fizer 22 putts nos próximos três dias, aposto que tenho boas chances”, afirmou Kisner. “Hoje acho que só bati quatro drives todo o dia, talvez cinco. Só quero a bola no fairway porque não é um campo de golfe excessivamente longo. Amanhã prevê-se chuva mas julgo que não é por isso que o campo vai ser jogado diferentemente.”

Um trio de sul-africanos está nos lugares cimeiros – e não são aqueles que se esperariam, visto que todos eles estão fora do top-100 mundial: Erik Van Rooyen, Zander Lombard e Brandon Stone, este, no entanto, o vencedor, no último domingo, do Open da Escócia. Os dois primeiros marcaram 67 pancadas e estão no trio dos segundos classificados, juntamente o norte-americano Tony Finau; o terceiro fez 68 e está nos 5.ºs empatados com os americanos Ryan Moore e Brendan Steele. 

O detentor do título, o jovem norte-americano Jordan Spieth, n.º 6 mundial, estava a fazer uma boa exibição até ao momento em que, no buraco 15, decidiu puxar do saco um ferro 6 em vez de um 5. O shot ficou curto e a bola foi parar a um pot bunker, o que resultou num duplo bogey que descarrilou a sua volta. Chamou a este contratempo um “peido cerebral”. Acabaria com 72 (+1) para se posicionar no grupo dos 50ºs (no limite do cut provisório), no qual se encontram mais três jogadores do top-10 mundial, dois ingleses – Justin Rose (n.º 3) e Tommy Fleetwood (n.º 10) – e um compatriota americano, Brooks Koepka (n.º 4), que em Junho cometeu a rara proeza de revalidar o título no Open dos EUA. 

O n.º 1 mundial Dustin Johnson (76) e o n.º 12, Patrick Reed (75), foram as maiores desilusões, parecendo estar já fora da corrida. Johnson era o favorito nas bolsas de apostas e Reed, vencedor do Masters em Abril, nunca terminou abaixo dos quatro primeiros nos últimos três torneios do Grand Slam.