
Francesa venceu no Vidago Palace com duas pancadas de vantagem sobre Madelene Stavnar
A francesa Sara Brentcheneff conquistou o primeiro título profissional da sua carreira, quando é ainda amadora, ao ganhar hoje (quinta-feira) a primeira edição do Super Bock Ladies Open at Vidago Palace.
Trata-se do mais importante torneio feminino nacional, com 50 mil euros em prémios monetários, integrado no Ladies European Tour Access Series (LETAS) que a Federação Portuguesa de Golfe (FPG) organizou esta semana no concelho de Chaves. Há oito anos que Portugal não tinha um torneio internacional feminino em circuitos europeus.
Sara Brentcheneff totalizou 204 pancadas, 12 abaixo do Par, após voltas de 68, 68 e 67, batendo por 2 pancadas a norueguesa Madelene Stavnar, que apresentou cartões de 69, 69 e 68, e que embolsou o prémio principal de 8 mil euros.
Sendo a campeã ainda amadora, e não podendo a francesa receber ‘prize-money’, foi a melhor profissional, neste caso, a norueguesa, a ter essa agradável compensação.
A única portuguesa a passar ontem o cut tinha sido Inês Belchior e a dupla campeã nacional absoluta voltou a atuar em bom plano, com uma volta final de 73 pancadas, 1 acima do Par, para um resultado agregado de 218 (+2). Inês Belchior, de apenas 18 anos, recentemente completados, também é ainda amadora, caso contrário teria embolsado cerca de 500 euros.
Inês Belchior © Fernando Correia/FPG
«Sinto que foi o dia em que joguei melhor, bati melhor na bola, tive mais oportunidades para birdie. Hoje os putts não entraram, mas o balanço geral foi bastante positivo e não fiz nenhum green a 3-putts durante os três dias», disse a portuguesa, que saiu de Vidago com um registo imaculado de dois cuts passados em dois torneios disputados em circuitos profissionais europeus.
Com efeito, há dois meses, fora 62.ª classificada (+9) na 28.ª edição da Lalla Meryem Cup, em Rabat, tornando-se apenas na quarta portuguesa a passar o cut em torneios do Ladies European Tour (a primeira divisão profissional europeia). Agora, no LETAS, a segunda divisão europeia, conseguiu mesmo um top-35 entre 125 participantes.
O dia pertenceu, contudo, a outra amadora ainda mais jovem do que Inês Belchior, sendo ambas boas amigas e Sara Brentcheneff, de apenas 17 anos, adora seguramente jogar no nosso país.
Com efeito, logo no início da época, tinha-se sagrado vice-campeã do Campeonato Internacional Amador Feminino de Portugal, no Penina, em Portimão. Foi, aliás, por a vencedora – a franco-tailandesa Louise Uma Landgraf – ter optado por não vir a Vidago, que a FPG optou por atribuir o convite a Sara Brentcheneff. Em boa hora!
O seu percurso desportivo como amadora é notável. A campeã nacional de cadetes de França de 2024 é, esta semana, é a 62.ª do ranking mundial amador, e a sorridente gaulesa não tem quaisquer dúvidas em dizer que este é «de certeza» o título mais importante da sua carreira.
Não embolsou os 8 mil euros do primeiro prémio, pois assegurou que quer manter-se amadora e só deseja passar a profissional em 2026. O facto de o Espírito Santo Trophy (Mundial Amador Feminino) jogar-se este ano e a França ser candidata ao título, poderá estar a pesar na sua decisão de atrasar o próximo passo da sua carreira.
«É uma vitória especial, por ser a minha primeira a nível profissional e este ano penso jogar só como amadora, pelo que estou mesmo feliz com esta vitória», disse a jovem que esteve em Vidago acompanhada pelo pai.
Um sucesso há muito anunciado, uma vez que, tanto em 2024, como em 2025 (com apenas 16 e 17 anos, respetivamente) já tinha sido 2.ª classificada no Terre Blanche Ladies Open, o torneio francês que abre a temporada do LETAS.
Os principais resultados finais e a distribuição de prémios monetários do Super Bock Ladies Open at Vidago Palace, que contou com as dez primeiras classificadas do ranking do LETAS, entre um total de 125 jogadoras, foram os seguintes.
1.ª Sara Brentcheneff (França), 204 pancadas (68+69+67), 12 abaixo do Par (amadora)
2.ª Madelene Stavnar (Noruega), 206 (69+69+68), -10, €8.000
Portuguesa que passou o cut
33.ª (empatada) Inês Belchior, 218 (73+72+73), +2 (amadora)
Portuguesas que foram eliminadas pelo cut
73.ª (empatada) Susana Ribeiro, 149 (75+74) +5
82.ª (empatada) Francisca Rocha, 151 (75+76) +7 (amadora)
112.ª (empatada) Amélia Gabin, 157 (75+82), +13 (amadora)
115.ª (empatada) Francisca Ferreira da Costa, 158 (77+81), +14 (amadora)
121.ª (empatada) Francisca Salgado, 161 (79+82) +17 (amadora)
O 1.º Super Bock Ladies Open at Vidago Palace foi o terceiro dos 18 torneios que integram o calendário do LETAS em 2025, distribuiu 50 mil euros em prémios monetários e foi apoiado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, pelo IPDJ, Super Bock e Vitalis.
Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes Maria José David (diretora de Turismo do Grupo Super Bock), Luís Pedro Martins (presidente do Turismo do Porto e do Norte de Portugal), Paula Chaves (vereadora da Câmara Municipal de Chaves), Pedro Nunes Pedro (presidente da Federação Portuguesa de Golfe), Rui Morris (presidente da PGA de Portugal), Paulo Ferreira (diretor do Vidago Palace Golf Course) e Francisco Telles Menezes (membro da Direção da FPG).